
Ouvi uma história certa vez, que nunca mais esqueci. Ela foi contada por um colunista de jornal. Ele disse que certa vez acompanhou um amigo a uma banca de jornal, e o amigo cumprimentou amavelmente o jornaleiro ao fazer seu pedido, mas como retorno recebeu um tratamento rude, uma cara fechada, de poucos amigos. Pegando o jornal que foi praticamente jogado sobre o balcão, o amigo sorriu polidamente e desejou um bom dia para o jornaleiro. Quando o colunista e o amigo voltavam descendo pela rua, o colunista não resistiu e perguntou:
- Esse homem sempre trata você desta maneira?
- Sim, respondeu o amigo. Infelizmente ele não é muito bem humorado...
- Mas você foi tão simpático com ele, tão amável...
- É verdade, disse o amigo. Sempre procuro ser assim.
- Mas porque você foi tão educado com ele se ele foi tão grosseiro com você?
- Há, porque não deixo que ninguém decida como eu devo agir.
O colunista então se calou, admirado com aquela resposta. “Não deixo que ninguém decida como eu devo agir”. Muitas pessoas se deixam envolver pelas situações e acabam influenciadas pelo comportamento dos outros. Se há nervosismo elas ficam nervosas. Se alguém ofende, elas ofendem também. Se alguém fala alto, elas falam alto também. Mas aquele homem sabia como queria viver, e nenhuma situação adversa poderia abalar o seu modo de ser. Ele era uma pessoa cordial e bem humorada, vivia em harmonia consigo mesmo, e estava decidido a se manter dentro desses princípios. O mau humor do jornaleiro não estragou o seu dia, como estragaria o dia de muita gente, porque ele simplesmente estava decidido a não permitir que isso acontecesse.
Meu amigo, minha amiga, não permita que a irritação dos outros acabe com o seu dia. Mantenha a tranqüilidade em qualquer situação. Se você pretende ter um dia agradável e produtivo, cultive o maravilhoso sentimento da alegria e ignore os espinhos da ignorância e da maldade quando eles aparecerem. Eles não podem ferir pessoas que não abrem portas para eles.
Pense nisso.
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