sexta-feira, 22 de maio de 2009

Amor e ódio


Amor ou ódio:
uma questão de escolha



Vou contar para vocês uma história real que fala de ódio e amor. Do quanto aquele que odeia, pode estar tão perto de amar sem perceber. Havia um programa de relacionamentos nos Estados Unidos, em que as pessoas se comunicavam umas com as outras através de pseudônimos. No anonimato, elas se tornavam mais corajosas e eram capazes de falar dos seus problemas sem nenhuma restrição. O objetivo era encontrar nos amigos ocultos, apoio e mútua ajuda.
Uma sra. que usava o pseudônimo de gaivota, comunicava-se regularmente com uma amiga que tinha adotado o apelido de andorinha. Trocavam muitas cartas, nas quais ela lamentava os problemas que tinha com uma vizinha. Numa de suas últimas cartas, gaivota relatou a andorinha que havia tido um sério aborrecimento no dia anterior por causa dos filhos da vizinha, que sempre a perturbavam invadindo o seu quintal. Andorinha lhe deu muitos conselhos. Pediu que tivesse paciência e aguardasse uma oportunidade. Talvez uma nova conversa, um gesto de simpatia trouxesse melhores resultados do que a exasperação.
Passados dois dias, gaivota foi informada de que sua vizinha havia morrido. Ela se sentiu então aliviada. Finalmente estava livre de tantas confusões. Mas, diante da dor da família, ela resolveu ir até lá para prestar as suas condolências. Chegando lá, encontrou pessoas chorando, parentes consternados a velar o corpo sobre a mesa. Aproximou–se, então, para dirigir algumas palavras a família e qual não foi a sua surpresa quando ao olhar para o lado, viu sobre uma escrivaninha as cartas que ela enviara para sua amiga oculta andorinha. Sim, ela acabara de descobrir que a mulher que ela tanto odiara em vida, era a mesma pessoa que ela tanto amava e com a qual se comunicava regularmente através do Grupo de Relacionamentos. A vizinha rejeitada e a sua melhor amiga, eram a mesma pessoa. Ela começou então a chorar. Chorou copiosamente. Sentiu um profundo pesar por tê-la maltratado tantas vezes. “Porque não pude ser mais paciente? Uma pessoa tão adorável quanto ela, esteve durante anos há alguns passos da minha cerca, e eu não fui capaz perceber”, dizia para si mesma. O ódio tinha embaçado sua visão. Ela não conseguiu enxergar o coração bondoso daquela mulher, daquela maravilhosa mulher que tinha sido sua melhor amiga em horas tão difíceis, embora anônimamente.
Infelizmente, agora estava morta. Ela queria pedir perdão, mas era muito tarde para isso. “Porque não fui mais paciente, mais compreensiva, porque não fui capaz de perdoar”, ela se perguntava.
Meu amigo e minha amiga, é preciso muito pouco para transformar o ódio em amor. Esses sentimentos são parte das nossas escolhas. São pensamentos que acalentamos voluntariamente e que motivam as nossas emoções. Uma pequena mudança na nossa forma de olhar as pessoas, pode fazer toda a diferença.
Pense nisso.

Um comentário:

  1. Caramba! que texto interessante este,amor e ódio andam juntos todo o tempo, basta querer identificar cada um na hora certa em cada situação, muito bom e até comovente...gostei muiiiito.

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