quinta-feira, 16 de julho de 2009


O mau humor

Conta-se a história de um monge que tinha o hábito de explodir em acessos de fúria e culpar seus companheiros quando as coisas davam errado. Decidiu então afastar-se dos outros monges que, segundo ele, eram a causa dos seus problemas e foi morar num mosteiro do deserto. Lá, praticamente não tinha contato algum com outros seres humanos. Certa manhã, após instalar-se em sua nova morada, esbarrou acidentalmente num cântaro de água e lhe derramou todo o conteúdo. Ficou enfurecido, mas não havia ninguém por perto para lançar a culpa. Ele engoliu a ira, encheu novamente o cântaro e voltou para o seu quarto. Pouco tempo depois, o mesmo fato se repetiu. Ele esbarrou novamente no cântaro e lhe derramou a água. Então num ímpeto de fúria, arremessou o cântaro ao chão, fazendo-o em pedacinhos. Quando voltou a si, começou a refletir sobre o ocorrido e chegou à uma conclusão: seu mau humor era problema dele mesmo, e não dos outros. Afinal, ele estava sozinho e o seu mau humor continuava o mesmo.
Assim como esse monge, muitas pessoas estão prisioneiras de um mau humor que não pertence às outras pessoas mas a elas mesmas. Ao invés de culpar o mundo pelo mau humor, seria melhor que elas olhassem para dentro de si e procurassem as razões que causam o mau-humor. Especialistas afirmam que a pessoa mal humorada rende menos no trabalho e se aborrece com as coisas mais simples, tornando a sua vida um inferno. E depois, ninguém quer ficar perto de uma pessoa insatisfeita, que não acha graça em nada e esta sempre estressada.
Para conter o mau humor você deve avaliar sempre o lado positivo das coisas, procurar desenvolver atividades que tragam prazer, e refletir muito sobre os malefícios causados por ele antes de iniciar uma ação que possa resultar em danos para os outros e para si mesmo. Não permita que o mau humor tome conta de sua vida. Pense nisso.




terça-feira, 30 de junho de 2009

Preconceito contra quem mora em favela


Pesquisa constata preconceito contra quem mora em favelas

Rio de Janeiro - Tanto quem vive na favela, como os moradores de outras áreas acreditam que existe preconceito contra quem mora em favelas. A conclusão é da pesquisa Dimensões da cidade: favela e asfalto, realizada pelo Instituto Brasileiro de Análises Econômicas e Sociais (Ibase) a partir de 800 entrevistas.No comunidade de Manguinhos, zona norte, onde 400 pessoas foram entrevistadas, 78% disseram que existe “muito preconceito” contra quem vive em favelas, 12% avaliaram que há “pouco preconceito” e 10% informaram que o problema não existe. Entre os moradores de outras regiões da cidade, os percentuais são 74%, 15% e 11%, respectivamente.A pesquisa do Ibase também constatou que os moradores da favela notam mais a discriminação racial. Quando perguntados sobre o preconceito contra negros, 76% deles concordaram que existe o problema. O percentual ficou em 65% quando a pergunta foi feita aos demais moradores da cidade.Outra conclusão é a de que, em quaisquer dos segmentos, quando maior o grau de escolarização, maior a percepção do preconceito.“Com educação você passa a ter uma visão mais crítica da sociedade. É bem provável que quem tem um nível menor de escolaridade, às vezes, percebe o problema, mas não consegue classificá-lo. Quem tem uma instrução maior, é capaz de saber o que é o preconceito”, avaliou uma das pesquisadoras, Mariana Dias.

Publicado no Jornal da Mídia 30/06/09